sexta-feira, 12 de agosto de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
COISAS QUE JÁ CANSARAM POR FALTA DE CRIATIVIDADE
A imaginação e a criatividade certamente são molas para fazer acontecer. Sem elas tudo perde a graça.Algumas coisas que estão no ar e poderiam ser suprimidas por falta de um comando mais "pensante":
- o BBB - já deu pra bola. a mesmice reina. seria muito melhor reprisar as edições anteriores porque não muda nada. Uma idéia seria trocar os áudios de um para outo. ficaria um pouco mais engraçado.
- as propagandas de banco com tom de auto ajuda. Não adianta: banco foi feito pra lucrar e ferrar o cidadão. Essa historinha de sonho e propsperidade não cola. As cenas melosas dos comerciais dão enjôo.
- As semans de fashion isso e aquilo: modelos lânguidas mostrando o que os frescos estilistas acreditam ser a maior e mais inovadora tendência do mundo. Original seria desfilar, por exemplo: uma roupa com ar condicionado embutido, ou algo que pudesse se transformar em suco o comida ao final do dia pra gente nnão ter que se preocpar em fazer a janta. E não venham com esse papo que é uma indústria que emrega muita gente. Lorota: tem muita modelete desfilando de graça pra aparecer e muito estilista que não paga, que a gente sabe.
- Sites de compra coletiva e o que mais oferecem é rodízio de sushi....arghhh...não tem outra coisa pra vender, não?
- A caratice da maioria da população brasileira. Isso aqui daqui a pouco vai se transformasr numa república islâmica. Ainda bem que temos o carnaval que esfrega na cara de todo mundo um pouco da nossa sacanagem de todos os dias.
Filosofia sobre o "Foda-se!"
FODA-SE
"O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional é quantidade de
"foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!?” O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "pra caralho?” "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?
No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!" O "Não, não e não!" e tampouco e nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem.
O "Nem fodendo!" é irretorquível e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!" ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!".
O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Pu-ta-que-o-pa-riu!!!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!?” E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem
que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, e dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!"